Os textos são da minha autoria excepto quando explicitamente mencionado e as imagens são na sua maioria retiradas da internet.

@lexis

23 de agosto de 2010

Era uma vez...

Gostava de me refugiar naquele conto infantil

Fazer de conta que sou o coelhinho sempre atrasado

Ou o gato que sorri sem corpo a toldar-lhe o riso

Beber chá que não existe em chávenas com açúcar imaginário

Aumentar de tamanho quando como um bolo de chocolate

Diminuir de tamanho quando o bolo é de nata

Escapulir-me por uma porta do dobro do meu tamanho

Desaguar num fio de água feito rio por ter chorado tanto

Navegar numa casca de noz com um rato grande como eu

E secar-me num jardim com guardas de cartas de jogar

E quando estivesse farta transformava-me na rainha de copas e gritava ‘Cortem-lhe a cabeça’

E acordava então à sombra de uma árvore ouvindo um conto numa voz melodiosa

‘Era uma vez....’

1 comentário:

Otário Tevez disse...

o problema é que muita boa gente vai atrás do coelho, como fez a moça de tranças amarelas, e algumas nem já se encontram, perdem-se nelas mesmas.