Todos os dias se cumpre o mesmo ritual: subir a correr os 4 lances de escadas de madeira; abrir com um barulho ensurdecedor a fechadura de trancas que isola o apartamento da violência da cidade. Voltar a fechá-la com as 4 voltas à chave. No caminho ao longo do corredor sai um sapato, depois outro, de seguida as calças, depois o resto da roupa que se amontoa ao longo do caminho até chegar à sala. Liga a aparelhagem e ouve-se um som ambiente. Chega ao quarto e a casa de banho é logo ao lado. Com um elástico prende os cabelos e o barulho da água a cair do chuveiro conjuntamente com a música deixa lá fora tudo o que é ruim. De volta ao princípio da casa já confortavelmente vestida apanha a roupa e coloca-a no cesto da roupa na cozinha. O telefone está mesmo ao lado ... pizza para o jantar. Casa à média luz do final da tarde daquele outono. Um chá acabado de fazer aquece as mãos e pelo meio do vapor vindo da chávena, observa o rio ao fundo da rua e o por do sol. Nada de mais calmo. Tocam à campainha. Pizza. Ligo o computador e entro na minha segunda vida...
2 comentários:
@lexis...
Fragmentos de vida, quase sempre vivida apressadamente! A segunda vida, tem a magia das emoções que nos despertam para realidades bem mais deliciosas...
Beijos!
AL
ººº
Gostei de te ler...
Quanto a narcisismos, somos 2, lol
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