Os textos são da minha autoria excepto quando explicitamente mencionado e as imagens são na sua maioria retiradas da internet.

@lexis

21 de novembro de 2011

p@lcos


No palco da minha vida entram os personagens que eu escolho. De quando em vez há espectadores que fazem parte da peça. Vestem os fatos que escolhem, dizem frases que eu não escrevi e ditam a apoteose de uma forma imponderável, mas sou eu que decido quando cai o pano...


... ou tento.

29 de julho de 2011

m@gia


Onde ficou a magia do toque e do olhar após o consumar do desejo? Terá ficado no calor dos lençóis que lentamente esfriam após te teres ido embora? Terá ficado congelado naquele momento em que os olhos falaram mais do que a boca? Terá ficado pelo caminho ou quem ficou pelo caminho fui eu? Terá sido tudo uma ilusão terrena de desejar o que parecia celestial ou um sonho celestial de um desejo terreno? Palavras vão e voltam e respostas não existem, apenas perguntas que se multiplicam enquanto os dias passam. A cada minuto que passa a distância aumenta sem nem mesmo eu entender se é esse o caminho. Provavelmente não é o que deveria ser, mas é o que talvez tenha de ser. Terei de aprender a viver sem …

18 de junho de 2011

mementum



Já quis tantas vezes desistir de mim que nem nada nem ninguém me podia fazer suportar a dor de me olhar e não me ver. Já tanto fiz para não me esquecer de tudo o que sou que de tanto tentar quase o consegui. Já tanto chorei por ter sorrido na conta certa que agora nem lágrimas tenho e a boca eleva-se num trejeito agoniado de quem poucos motivos tem para o fazer. Já dei tanto de mim que no fim o que restou não era mais que um farrapo. Sigo em frente por não saber fazer de outra maneira nem outra coisa ter aprendido a fazer. Sei que a vida é curta demais para olhar para trás e olhar para o lado pouco me tem trazido de bom. Respiro fundo e levanto a cabeça pois não sei quanta estrada ainda consigo palmilhar.

8 de junho de 2011

Pen@ de morte




Dão-me vossas senhorias licença que fale?

Poderão desculpar-me o erro humano de existir?

Será que não me perdoam quando eu discordo?

Haverá algo de errado comigo por mudar de opinião?

A minha vida tem de ser obrigatoriamente a preto e branco?

Poderei eu ter a vontade leviana de a colorir de rosa e azul?

……

Tenho dias em que a subserviência do meu ser se verga perante a esmagadora força das maiorias mas hoje estou munida de uma força que vem do meu alter-ego que acha que eu posso tudo e nada devo a ninguém, a não ser um grande OBRIGADA aos meus pais por existir.

Não há razão para temer nada nem ninguém. Sinto-me o eterno condenado, pois é punível com a morte o facto de ter nascido e isso já é pena que baste para durar uma vida!

25 de abril de 2011

1003

Perguntaram-me um dia “Como se sabe que nos apaixonámos pela pessoa errada?” Não soube o que responder e vislumbrei memórias de amores e desamores, de promessas centenárias e beijos lendários, de noitadas, sexo prazer e dor, tudo numa mescla tão grande de sentimentos que iria jurar que era verdadeiro. Acho que foi quase o que aconteceu, não fosse ter a certeza absoluta que o sentimento estava certo mas o tempo de o sentir não.

10 de março de 2011

Mãe

Ainda que mal te pergunte Mãe, onde estás? Sempre é azul o céu? As nuvens são fofas e brancas e dá gosto recostar nelas e pensar na vida tal como nos recostamos num pedaço de areia a pensar na morte?

Ainda que mal te pergunte Mãe, tens tantas saudades minhas como eu tuas? As gotas de água que caíram hoje foste tu que as deixaste cair por não poderes ver nem beijar nenhum dos que por ti ainda choram?

Ainda que mal te pergunte Mãe, quando te vou voltar a ver?

P.S.: Sopra as velas que são para ti ...