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@lexis

10 de junho de 2010

Cinzento


Hoje lendo a palavra adeus o devaneio impunha-se que seguisse pela etimologia da palavra e não pelo significado nela impresso. Assim, temos “a” + “deus” que significa “para” “deus”, faltando a primeira parte da frase que será qualquer coisa como "encomendo-te" ou "entrego-te". Não será decerto palavra a empregar em vão. Parece coisa ruim… um Fim mesmo definitivo, pois que o Fim pode ser de alguma coisa e não de alguém. E questiono-me, como sempre o faço… Seria uma divagação sobre o Fim de alguma coisa e a recusa que esse Fim chegue ou um poema, belo por sinal como todos os poemas tristes o são, sobre o antecipar desse Fim e o não desejar vê-lo? Sempre foi apanágio ao longo dos meus alguns anos de vida, “enta” desde 2007 que “tudo é eterno enquanto dura” e nunca disse nenhum destes “a-deus” a ninguém a não ser à minha mãe. Talvez seja defeito meu, que vejo tantas áreas cinzentas à minha volta utilizar tantas vezes o nunca e o sempre, quando se tem tendência a ver exclusivamente branco e preto. Não deixa de ser curioso constatar que não querer antever um Fim é em si próprio Cinzento

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